quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Igreja e Mobilização Popular


Ao longo das marchas de abertura dos Fóruns Sociais igrejas cristãs de várias orientações levam seus membros para a caminhada, enfatizando mensagens de cunho social. Para se ter idéia disso, no Fórum de 2007, na África e em especial no Quênia, onde são as igrejas que ocupam o poder de mobilização popular, antes nas mãos do movimento de independência, os organizadores (Mesmo os comunistas) para envolver os africanos no Fórum, tiveram de compreender a Palavra de Deus.
O Governo do Pará, frisou a governadora Ana Júlia Carepa, está disposto a ser parceiro de instituições que trabalhem em favor do bem-estar social, como a parceria que o estado mantém com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a qual garante recursos destinados a projetos locais.
“Não tenho dúvidas sobre a importância das igrejas para a construção de um novo mundo”, afirmou a governadora, durante cerimônia na Igreja Assembléia de Deus, em Ananindeua, dias antes do Fórum. Ela foi convidada a participar da Convenção Estadual dos Ministros e Pastores e aproveitou para divulgar o Fórum Social Mundial na capital paraense.
A governadora ressaltou que o FSM seria um momento de discussão sobre os problemas da Amazônia, segundo ela uma região rica em recursos naturais, mas com uma população pobre.
Ao lembrar a rainha Ester, personagem bíblica escolhida por Deus para livrar o povo judeu do cativeiro, Ana Júlia Carepa declarou não ser Ester, mas acredita que a fé a levou a ser "escolhida por Deus para administrar este estado, complexo e cheio de desafios”.
A maioria de nós, evangélicos, ainda preferem “fechar os olhos e erguer as mãos pro céu” ao invés de estendê-las e olhar de frente os problemas que temos. Concluo com o pensamento do militante cristão Aldir Crocolin:“A igreja está recuperando seu lugar e seu papel, que é o de estar ao lado do povo. Nosso papel não é o de ficar fazendo belos cultos, mas, como disse Jesus, o de lutar para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Para ele a igreja, se ficar ao lado dos pobres, recupera um papel que perdeu “quando foi cooptada pelos Império Romano, passando a ficar ao lado dos governantes”.

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