quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

"A Pedra do Reino"


a Globo EXIBIU a micro série "A Pedra do Reino".
Nelson Lima (meu irmão) foi convidado para uma participação (um Oficial de Justiça por nome Severino Brejeiro, uma pessoa funesta e contraditória, uma participação pequena, na verdade, quanto a tempo, mas significativa no contexto da história).e acabou fazendo mais três personagens. A história é sobre um massacre de pessoas, até crianças, que tinham de derramar sangue, sacrificar-se, para ressurgir num Reino de Paz. E todo derramar de sangue se dar numa pedra- A PEDRA DO REINO. Mais um lancede fanatismo religioso, rodeado de folclore, romance, suspense e etc.
Entrevistei o Zé recentemente, publiquei na íntegra na Presentia. Segue alguns trechos interessantes:
Na sua opinião a igreja deve afastar-se da cultura (como os monges no passado) ou deve assimilá-la?
Deve assimilar, estudar, participar.
Você acha que caberia a igreja o papel de incentivar o cristão a participar de atividades culturais tipo: visita a museus e exposições, shows de MPB ou teatro, cinema, etc.?
Não. E muito menos proporcionar. Afinal órgãos governamentais e escolas já fazem isto. Basta a igreja não censurar o cristão que têm esse convívio.
Há mais de dez anos você vem trabalhando na igreja da região com esta visão. Que balanço você faz disso tudo? O que mudou, melhorou ou piorou em relação a visão das igrejas?
Exatamente 13 anos, só de tempo integral.
Balanço: (não generalizado) meu compromisso para com Deus, beleza, cumprido. Objetivos alcançados (meus ou de Deus, não sei) quase nenhum. Digo quase, pois vejo hoje ainda igrejas tentando fazer trabalhos teatrais sérios.
O que mudou: minha disposição! E quanto a visão da igreja, acho que melhorou, o que falta é vontade e decisão para executar as melhorias.
De tudo o que você já fez na área cultural o que mais lhe marcou e o que mais lhe frustrou (literária, poesia, teatro, direção, interpretação, cursos, apresentações, etc.?
O que mais marcou – O apoio moral e financeiro do irmão Ademilton Ramos (in-memória), membro da 1ª I. E. Congregacional de Belo Jardim. Apoio que me ajudou a profissionalizar a peça “Biu e Zefa”, e também torná-la em um filme.
O que mais frustrou: (troque-se frustrou por desanimou) Depois de 13 anos servindo, de tempo integral, ao povo evangélico, não só do nordeste mas de todo o Brasil, ter de deixar de fazê-lo por falta de sustento! Falta evangélicos nos teatros, falta evangélicos que gostem de cordel, falta igrejas que encomendem oficinas de teatro.
E a experiência de participar de “A Pedra do Reino”?
Ótima. Foi a primeira providência de Deus, depois da decisão de trabalhar para o público em geral, para prover o meu sustento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário